quinta-feira, 7 de junho de 2007

Ritmo

Quando me fizeste a pergunta, perdi-te. Quando te respondi, encontrei-me. Comecei a brincar com a minha resposta, comecei a pensar que sentia o mesmo que literalmente saiu da minha boca e lingua. As estrelas do meu gato brincaram em redor do meu mundo, e eu não fui capaz de lhes dizer que não, como se me tivesse perdido completamente de mim. O que não compreendes dentro de ti prendeu-te, a ti com o Sol a nascer o dia inteiro por detrás das montanhas. Sorrindo todo o dia, o Inverno preparou a semente para germinar, a Primavera trouxe-a até um estranho que a regou debaixo do céu estrelado, que os raios de luar penetraram e fizeram florir. Uma vez ophrys, outra estrela, uma cadente, um raio de luz, um rasgo de som, um bater de asas... A ouvir uma nota, porque se eu precisar de uma batida, vai ser esse ritmo que lhe vou dar.

2 comentários:

Folken disse...

É o ritmo que nos move...
É começa como um choque, algo estranho...
As veias contraem-se, a pressão sobe e a dor espalha-se pelo torso... pelos membros... pela cabeça até a ponta dos dedos... toda esta dança repete-se, uma e outra vez, num vai e vem ritmado...
E é no meio deste ribombar que nos encontramos, somos Lento... Andante... e até Alegro...
Somos a vida escrita compasso a compasso dado pelo metrónomo do nosso coração...

Rute disse...

Doceee, muito doce!!!