quarta-feira, 11 de junho de 2008

Star - some people kill for less

Um dia distante, um dia à exactamente um ano atrás, um dia apenas em que caí demasiado por ti. Um dia relevante na minha vida. Um dia que me fez crescer. Um dia que me fez acordar. Um dia para fugir a tudo. Não me lembro de absolutamente nada nesse dia, a não ser um momento de tarde, e obviamente toda a noite. Cada palavra sussurrada, cada frase dita, cada sorriso realizado. Um momento perfeito num filme não entendido, enquanto me dizias não ser normal o teu coração bater daquela forma e pedias que te tocasse para sentir. Obviamente já tinha feito o erro de o ouvir. Digo erro porque me saiu naturalmente um gesto tão sincero quanto encostar a minha cabeça ao teu peito numa noite limpida de praia em que as duas pessoas ao nosso lado se apaixonavam, mas eu não o queria fazer. Achei que encontrava alguém por quem lutar. E encontrei. Cometi o erro, esse sim erro, de pensar o mesmo. Cometi o pecado de pensar diferente. Pensar diferente não é pecado, nem problema. O problema é amar. O problema é o que é amar. O problema é ignorar e amar. Uma noite, num quarto que já viu mais de mim do que o que eu queria, li as palavras que me fizeram duvidar pela primeira vez. Não duvidar de ti. Duvidar de nós. O sentimento cresceu ao poucos, alimentado pelas nossas acções, reacções. Um dos dias mais complicados, um dia como qualquer outro que nunca tem qualquer importância para ti, e começo a pensar se alguma coisa que tenha importancia para mim alguma vez o tem para ti, para além de ti. Mas dizia eu, um dia, dia dos namorados deste mesmo ano, escrevi-te uma carta. Nunca a mandei como queria, nunca ta entreguei das mil formas que imaginei. Guardei para mim. E sorri quando terminaste comigo. Entrego-ta assim aqui e agora, porque sei que sou uma pessoa diferente. (In)felizmente sou diferente agora.

"Pudesse eu sequer começar a dizer o que sinto por ti. Pudesse eu demonstrar por um minuto apenas o que está cá dentro. Não estamos bem, é certo. Estúpidos, eu e tu. Não nos sabemos controlar, equilibrar ou simplesmente amar...
Ambos conhecemos a imensidão que é o mundo do outro, mas não nos deixamos tocar, não abrimos as portas ultimamente. Somos egoistas: eu peco num extremo, tu noutro. Ninguém tem a culpa, mas ambos a sentimos. Quero acreditar que sou livre de te amar e tu a mim, mas as correntes que esta neve nos impôs são demasiado fortes. Temos um teste perante nós, e possivelmente não o vamos passar. Mas quero que saibas que te amo, não existem comparações nem modelos. Existe o que eu e tu sentimos. Diferentes nas nossas semelhanças, cansados porque não é suficiente...
E aqui continuamos. Mas vais vais terminar comigo. E, se não o fizeres faço-o eu, para te continuar a amar, escondido, sem te impor pressão, sem sofrer por ti. Até que um dia voltes para mim. E mesmo que esse dia nunca venha, mesmo acordando sem ti, deitar-me-ei todas as noites para sonhar contigo, agarrando a minha mão.
Vou aperta-la contra o meu peito e vou sentir o teu cheiro na minha pele..."

14/2/2008

Sabes qual foi a parte que mais me magou? Foi o acreditar. E eu acreditei. Que cómico. Eu acreditei. Eu acreditei nas mais diversas coisas. Eu acreditei no fundo, bem no fundo. E agora? Agora é o momento em que finalmente vejo em que nos tornámos. E não gosto. Não gosto e dói. Porque finalmente abri os olhos. E se eu tivesse partido antes de ti, nem darias pela minha falta. Já percebi isso. Tem piada quando pensas que tudo vai ficar bem, até que te lembras que nada vai ser o mesmo outra vez. Muito mais poderia escrever, mas o texto já vai longo. Fico-me mesmo por aqui, para terminar um ano, uma eternidade, um sonho que já longe vai, e que mais me marcou para finalmente perceber o que preciso e não preciso. O que realmente existe, e o que deixa de existir para fora da minha pele...

How can the darkness feel so wrong?
F
or I'll be here long.


"Some people kill for less"