sexta-feira, 9 de março de 2007

Paraiso

O meu paraiso. Ele é como um telegrama (en)cantado. Tu não o conheces. Sim, tu não o conheces. Mas ele existe. Podes me perguntar como existe ele se ninguém que tu conheças o viu. Como posso eu ter a certeza que ele existe quando ele nem é palpável? É ai que tu te enganas. Ele é mais que palpável, ele transborda para o fisico, para o real. Ele transbordou hoje. Mesmo que 'ninguém' o visse naquele momento, ele tava lá. A tal pontada que dói. As árvores a quererem sair do meu peito, os pássaros a picarem-me por dentro, a tentarem achar caminho para fora, o ar comprimido dentro do meu peito, è procura de um ponto mais fraco pa rebentar comigo. A tinta correu pelos meus orificios, e as estrelas saltaram-me do nariz. A Lua rebentou-me um olho, e o Sol o outro. A partir dai tudo saiu. Não restou mais nada, a não ser eu seco e morto por dentro, mas com um sorriso nos lábios. E uma lágrima de ti a cair me pelo olho esquerdo.

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