segunda-feira, 4 de julho de 2011

Dia 14 de Verão

Se um dia segui gotas de chuva, hoje sigo contos desenhados na calçada que piso. Os passos que dou contam uma história, uma bipolaridade de sentimentos e emoções frias que queimam os meus pulmões. A pele escaldava no instante em que me podias ter abraçado, e talvez, apenas talvez eu te pertencesse nesse instante. Vamos ser sinceros? Eu estava demasiado cansado para lutar pelo que fosse, e entregar-me-ia totalmente, mas tu não te contentarias com o momento que tinha disponível para te dar. E por isso continuo aqui, leve, negro, sedoso, doce no canto escuro onde me deixaste. E puxo por ar para respirar, porque acredito que não estarei só, que não estou só. A minha cara, o meu coração, vai te assombrar até ao final dos teus dias.

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